Sê como a
fonte que dessedenta
os brutos e
os humanos.
Como a rosa,
que, nas asas
da brisa,
sobe aos
aposentos
dos que nem
sabem que ela existe.
Como a flor
do campo,
cujo aroma
ioniza
a viração que
traz alento
ao
caminhante.
Sê como o
grilo,
que pontilha
de notas imprecisas
o sonho da
criança.
Sê bom como
eles, poeta!
Como eles, sê
humilde.
Como eles,
enche de notas sonoras
as tristezas
das estradas da vida.
Aprende a
exaurir-te como a fonte,
a fenecer
como a flor,
dentro de tua
túnica inconsútil,
deixando nas
grutas do espaço
as
ressonâncias de tua bondade.
A nota de tua
afetuosa compreensão
pelos que te
não entenderam
nem amaram.
Sê como a
árvore solitária,
à beira dos
caminhos,
cujos frutos
se colhem a pedradas.
Sublima o
silêncio de tuas lágrimas
no crisol de
teus queixumes.
jamais acaso
ouviram
“parabéns pra
você!”
Se teu verso alentar ao que fraqueja,
mitigar
alguma dor
ou fizer com
que alguém sonhe,
tua missão
está cumprida.
E poderás,
mansamente, desaparecer
de por detrás
dos bastidores da vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário