ANTEU
J.UM
J.UM
Olho para o teto da noite.
As estrelas
cairão
dentro de
meus olhos,
uma chispa da
luz vai encher
a gruta do
meu peito.
Miro, depois,
no fundo da
caverna,
a chispa que
a estrela acendeu.
Não sei mais
donde caiu
a preciosa
luzerna.
Mas
ela continua a brilhar.
Arde dentro
da sombra
e é meu peito
um salão do luar
dentro da
solidão.
Envolto na
treva tristonha
irei, por toda
parte,
seguindo a
estrada do meu sonho,
na noite
debruçada no chão.
O
vento do entardecer
ao
balouçar do sol, ao sumir na montanha,
a
brisa que encrespa as águas mansas,
furacão,
que é o coração do céu,
com
ecos de vozes em língua estranha,
dir-me-ão
coisas que só eu sei contar.
Só eu.
Terra,
ajoelho-me e
me abraço a ti.
O ouvido
junto a teu peito,
entre teus
seios macios.
Ouço uma voz
suave
ninando o
filho nos braços.
Sinto o olor
de tuas tranças,
e o sorriso
tranquilo,
numa
paz descansada de criança.
Terra,
regaço de
mulher amada,
durmo
abraçado a ti.
Envolto na
mantilha de teu hálito,
coberto pelas
estrelas
que,
adormecendo, vi
feliz no teu
calor.
Quando acordar,
eu saberei
mais
num silêncio
maior.
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