BIOGRAFIA
José Rabello
Campos, Zezé para os familiares, Rabellinho para os amigos, nasceu em
Virginópolis a 02 de novembro de 1904. Filho de José Ferreira Campos e Jovelina Campos Netta (Jovelina Rabello Netta - nome de solteira). São seus
irmãos: Francisco Rabello Campos (Sr. Chiquinho Campos), Maria Efigênia Rabello
Campos (Dª Nica) e Maria de Lourdes Rabello Campos (Dª Lourdes Campos Magalhães).
Fez as
primeiras letras com D. Augusta Campos do Amaral sua tia-avó, que foi, posteriormente, a primeira professora pública do município.
Vinha a pé
da Fazenda São Bento, local onde nasceu e que amou profundamente, tema de
magníficas crônicas publicadas no jornalzinho “A Peneira”. Este trajeto diário
para estudar, era de 12 quilômetros: 06 para vir à cidade e 06 para voltar.
Aliás, este hábito das caminhadas, nunca o perdeu. Fazia-as em benefício da
saúde, mas muito mais para apreciar a natureza e respirar o ar puro do campo.
Recebeu o
diploma do antigo curso primário no Grupo Escolar Nossa Senhora do Patrocínio,
hoje Escola Estadual Nossa Senhora do Patrocínio.
Aos 11 anos
foi para o Caraça onde cursou os estudos preliminares e depois foi para
Petrópolis, onde estudou Filosofia e Teologia.
Em 1927,
depois de 12 anos de acurados estudos, foi residir em Belo Horizonte, onde
lecionou no antigo Ginásio Mineiro, Colégio Arnaldo e Escola Regimental da
Polícia Militar onde recebeu, por mérito, a patente de Coronel (ver registro na carteira da OAB, imagem abaixo).
Formou-se em
Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Minas Gerais, então
conhecida por Escola de Minas (conforme registro na sua carteira de
Advogado - OAB - e imagem no final do texto), e a seguir, foi advogar em
Guanhães e em sua terra natal.
Ali, teve
vida ativa em todos os setores. Participou sempre das campanhas
cívico-religiosas. Professor de História Universal e Línguas Estrangeiras no Ginásio
local.
Na política,
foi presidente de diretório, vereador em várias legislaturas e Presidente da
Câmara.
Intelectual
completo, grande bagagem cultural, foi poeta, cronista, orador de fama e
mérito, matemático, músico, poliglota.
Estudou
inglês sozinho, ficando em vigília até à madrugada para estudar e ouvir inglês
na rádio BBC de Londres. Depois, no ICBEU, em Belo Horizonte, prestou exames e
recebeu o célebre diploma de Michigan, dos Estados Unidos.
Indispensável
em toda cerimônia cívica. Seus discursos, sábios e inflamados, arrebatavam a
platéia. Sempre falou de cor e, muitas vezes, de improviso.
Na tribuna,
onde suas defesas e o imbatível de sua lógica obrigavam ouvintes a remissões a
Padre Vieira e Ruy Barbosa, apanágios de eloquência nos púlpitos da melhor
retórica e oratória do Brasil.
Casou-se com a
admirável Maria José de Aguiar Coelho, em 05 de junho de 1947 e tiveram os filhos: José Lupciano Rabello
Campos, Annette Maria Rabello Campos (hoje, Campos Leite), Eduardo Parmênio
Rabello Campos e Celina Consuelo Rabello Campos
Precocemente
desaparecido, faleceu em 1º de abril de 1972, vítima de câncer.
Infelizmente,
com tão rica produção literária em prosa e verso, não deixou livros publicados.
Adotou como pseudônimo “J.UM”.
Texto de
José Lupciano Rabello Campos, seu filho, também advogado e seu grande
admirador.
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